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Depois de quatro anos de pesquisas, que geraram oito dissertações de mestrado (todas em andamento) e 13 artigos científicos, foi concluído no último dia 14 de dezembro um projeto temático financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) voltado à otimização da

colheita do tomate de mesa. Conduzido por uma equipe da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp, com a colaboração de pesquisadores de outras três instituições, o trabalho culminou com o desenvolvimento de um equipamento destinado à colheita do produto. Uma das vantagens da nova tecnologia, que já está sendo objeto de pedido de patente, é que ela não substitui a mão-de-obra humana.


A quebra chega a 30% durante e e depois da colheita

Batizado de Unidade Móvel de Auxílio à Colheita (Unimac), o equipamento tem por objetivo reduzir as perdas que ocorrem durante e depois da colheita, conforme explica o coordenador do projeto, o professor Marcos David Ferreira. De acordo com ele, alguns estudos apontam que a produção pode sofrer uma quebra de até 30% nessas etapas. "Isso ocorre principalmente por causa do intenso manuseio, o que provoca uma elevada incidência de danos físicos nos frutos", explica. O docente afirma que a despeito do grande avanço tecnológico registrado no setor agrícola, o auxílio mecânico para colheita de frutas e hortaliças praticamente inexiste no Brasil. "Justamente por isso, resolvemos enfrentar o desafio de criar uma máquina para esse fim, destinada exclusivamente ao tomate de mesa".


O professor Oscar Braunbeck, que também participou do projeto, esclarece que a Unimac é constituída por uma plataforma móvel de seis metros de largura por 3,6 metros de altura. A unidade tem tração nas quatro rodas, um cuidado tomado pelos idealizadores para favorecer a operação em terrenos inclinados. O acionamento é elétrico, em substituição aos convencionais sistemas mecânico e hidráulico. Conforme o equipamento vai se deslocando no campo, os trabalhadores executam a colheita, beneficiamento, classificação (por tamanho e cor) e embalagem do produto. De acordo com os cálculos do pesquisador, a Unimac deve ser capaz de reduzir as perdas significativamente, além de diminuir em até oito vezes o tempo gasto com a colheita exclusivamente manual. "Nossa expectativa é que o equipamento colha cerca de duas toneladas de tomate por hora de trabalho", antecipa.


Além de otimizar a colheita do tomate de mesa, a Unimac, cujo custo de mercado ainda não foi devidamente estimado, também deverá trazer vantagens para os trabalhadores rurais. Segundo os pesquisadores da Unicamp, o equipamento foi desenvolvido a partir de dois conceitos fundamentais complementares. Primeiro, não promover a redução do emprego no campo. Segundo, melhorar as condições de trabalho de homens e mulheres que sobrevivem da colheita do produto. "Nós nos preocupamos com uma série de questões, entre elas a que envolve a ergonomia, para não prejudicar a postura dos trabalhadores. Outra vantagem é que as caixas serão transportadas pelo próprio equipamento, dispensando as pessoas de carregarem peso como acontece atualmente", afirma o professor.


Para o professor Marcos, a despeito de a Unimac ter sido o principal resultado do projeto temático, é preciso destacar os ganhos acadêmicos que ele proporcionou. Além dos artigos científicos e dissertações de mestrado já citados, as pesquisas reuniram 13 docentes da Unicamp, de diferentes áreas, e mais três especialistas da Universidade da Flórida, Universidade Federal de Uberlândia e Centro de Qualidade de Hortaliças da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Pau-lo (Ceagesp). "Isso sem falar no envolvimento de cerca de 40 estudantes do ensino médio e de graduação e pós-graduação da Unicamp", acrescenta o coordenador do projeto. Um dos alunos de graduação, Augusto César San-chez, teve importante participação no projeto e construção do maqui-nário, segundo o docente da Feagri. O protótipo apresentado no último dia 14 de dezembro foi construído pela empresa CTA ? Centro Técnico de Automação, de Limeira. Cerca de 40 pessoas, entre técnicos e produtores, prestigia-ram o evento. Outras informações sobre o projeto Unimac podem ser obtidas em: www.feagri.unicamp.br/unimac


Mais informações...
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Fotos: Antoninho Perri
Thiago Romero Fernanda Yoneya
Quinta, 23 Novembro 2006 12:00

Lançamento do livro,"Bacia do Rio Jundiaí"

A exuberância natural da Serra do Japi - trecho preservado da Mata Atlântica - bem como os aspectos histórico-culturais e geográficos que influenciaram a formação social dessa região estão retratados no livro Bacia do Rio Jundiaí.
Em edição bilíngüe de arte fotográfica, a obra é um retrato sem igual. A obra, resultado da parceria 3S Projetos e Editora Komedi, conta com apoio do Ministerio da Cultura, e é a segunda publicação da série Panorama do Meio Ambiente.
Autores: Flavio Gramolelli Junior ( Organizador, Mestre em Engenharia Agricola- Unicamp, Professor. Centro Universitario Padre Anchieta );
José Roberto de Miranda( EMBRAPA- Monitoramento por Satélite);
Claudio Cunha( Professor. Centro Universitario Padre Anchieta );
Edson Eiji Matsura( Professor Titular- Feagri/ Unicamp);
Sergio Assis ( fotógrafo )
Foi lançado, na cidade de Indaiatuba, em São Paulo, um projeto pioneiro de biodiesel, produzido a partir de óleo de fritura. Com a doação de cinco mil litros de óleo saturado (óleo de cozinha) pelos restaurantes da cidade, o biodiesel - um combustível alternativo -, será produzido para abastecer, inicialmente, a frota de caminhões da prefeitura local.
A produção, que pode gerar uma economia de um milhão por ano aos cofres públicos, funciona desde julho na cidade. Além dos benefícios financeiros, o projeto contribui com a preservação ambiental. Segundo estudos, cada litro de óleo de fritura que chega aos rios polui cerca de um milhão de litros de água.
Como parte do projeto ?Biodiesel Urbano ? Por uma Indaiatuba Saudável?, uma nova usina será construída para aumentar a capacidade de produção do combustível de mil litros/dia para 12 mil litros/dia. Também será lançada uma campanha, no mês de dezembro, para ampliar a participação dos restaurantes e para que a própria população faça doação de óleo de cozinha em garrafas pet.
A iniciativa surgiu de uma parceria entre a prefeitura, o Serviço Autônomo de Água e Esgotos (SAAE), a Faculdade de Engenharia Agrícola da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Instituto Harpia Harpyia.

Folha OnLine Marina Rosenfeld, Karina Costa (colaboração) especial para o GD

Informação acumulada e organizada por anos serve na detecção de falhas

Fernanda Yoneya
Aumentar a produtividade de granjas avícolas a partir da observação do comportamento das aves. Esta é a idéia proposta pelo zootecnista Marcelo Lima, que, em fevereiro do ano que vem, defenderá tese de mestrado sobre o tema, na Faculdade de Engenharia Agrícola/Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Segundo Lima, o objetivo do projeto é mostrar de que maneira soluções de inteligência analítica podem aumentar a produtividade em produções agrícolas.

Conforme Lima, com o uso de um software diferenciado é possível fazer estatísticas e chegar a conclusões sobre que variáveis levaram a um determinado resultado - uma produção boa ou ruim dos ovos, por exemplo. Os dados obtidos servem então de base para que o produtor saiba exatamente como foi o processo produtivo, identificando falhas e corrigindo erros de manejo.
"A partir de dados armazenados, identificamos padrões de lotes de aves que obtiveram melhores resultados de incubação. Comparamos e cruzamos informações e, com isso, identificamos possíveis falhas." Ele conta que, baseado em dados de comportamento das aves, os pesquisadores conseguem delimitar um padrão ideal de produtividade e reproduzir este cenário. Os dados são da própria ave e dos ancestrais do filhote. "Esse conhecimento ajuda a corrigir erros, eliminando comportamentos de risco e aumentando o tempo de vida útil da ave", diz.

BANCO DE DADOS

Lima diz que o programa precisa de dados de produção de anos sucessivos para perceber repetições. "Quando há uma só repetição, por exemplo, pode ter sido acaso. Então, é necessário que haja uma certa porcentagem de repetições para que as estatísticas sejam consistentes."
A técnica adotada é chamada de árvore de decisão, afirma o zootecnista. "Funciona como uma árvore mesmo, em que cada informação representa uma ramificação." Dados relevantes - genética, idade da ave, idade do ovo, temperatura ambiente - são então selecionados e o desempenho da produção é avaliado sob todos esses critérios.
"Checando o histórico da produção, sabemos quando a produção foi maior ou menor. A árvore de decisão então elege critérios que são cruzados entre si e que apontarão possíveis explicações para uma determinada produtividade." Tem-se, com a árvore, um diagnóstico da produção, diz o zootecnista.
Na empresa onde Lima colheu e comparou dados durante dois anos, foi detectado, por exemplo, que o processo de incubação tinha um rendimento menor aos sábados. "A partir desta informação fomos atrás de possíveis causas e uma delas estava relacionada ao desempenho dos funcionários responsáveis pelo processo, que era menos eficiente aos sábados."
Na empresa onde ele desenvolveu o projeto, os ganhos de produtividade chegaram a 10%. "É essencial que o produtor tenha um banco de dados rico e organizado, pois sem esse histórico não há como avaliar o desempenho da produção." Segundo Lima, a vantagem do sistema de observação comportamental é a de que ele não traz custos ao produtor, já que se trabalha com informações de um banco de dados já existente. "A única despesa é com um serviço de consultoria", afirma.

Folha OnLine
As informações são de O Estado de S.Paulo/Suplemento Agrícola.
Sexta, 27 Outubro 2006 12:00

As melhores áreas para o agroturismo

Nova metodologia permite selecionar pontos adequados para a prática sustentável da atividade Conceitualmente, o agroturismo envolve atividades turísticas e recreativas praticadas no interior de propriedades rurais, sem interferência nas atividades produtivas (agrosilvopastoris), que permanecem como as principais, e sob a premissa da conservação ambiental. Mantêm-se, portanto, a ambientação rústica e natural, a infra-estrutura simples, os espaços abertos e, quando oferecida, uma hospedagem informal. Geralmente são iniciativas dos proprietários em busca de um ganho extra, mas que em tese deveriam contribuir para fortalecer a economia local. Os passeios estão mais para o lúdico, diferentemente do ecoturismo, praticado por afeitos ao radicalismo da canoagem em corredeiras (rafting), descidas de cachoeiras (rapel), escaladas e caminhadas por trilhas virgens. O agroturismo surgiu no Brasil há apenas dez anos. Por isso, Bernadete Pedreira também passou por um aprendizado durante a pesquisa de doutorado visando criar uma metodologia para delimitar os espaços rurais com maior potencial agroturístico em municípios. Agrônoma da Embrapa Solos, no Rio de Janeiro, Bernadete conhecia somente de passagem a região pesquisada, que envolveu inicialmente nove cidades da bacia do rio Mogi-Guaçú, no chamado Circuito das Águas. A tese, que oferece boa ferramenta para o planejamento deste setor ainda incipiente, foi apresentada na Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp, com orientação da professora Rozely Ferreira dos Santos (FEC).

Sábado, 15 Julho 2006 12:00

Feagri - SAS (EUA)

Em junho deste ano, alguns representantes de importantes universidades no Sul da América latina como UNICAMP, USP, UNB e Universidad de Chile, participaram da IV versão do programa para professores, focado em data mining. O treinamento, ministrado pelos principais especialistas do SAS, aconteceu na sede da empresa, em Cary, Estados Unidos. Confira aqui os testemunhos de alguns dos participantes: "A oportunidade de participar do SAS" 4th Annual Summer Program for Educators Teaching Data Mining, no campus do SAS, nos EUA, acrescentou conhecimentos importantes para minha atuação profissional nos setor agropecuário e TI. A possibilidade de utilizar adequadamente a ferramenta SAS-Enterprise Miner, viabilizará diagnósticos mais precisos em minha pesquisa de Mestrado", ressalta Marcelo Lima, pesquisador da FEAGRI - UNICAMP.

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