feagriemfoco

Feagri

Por força de diferentes legislações, a colheita da cana-de-açúcar no Brasil está migrando progressivamente do padrão manual para o mecânico. Tal mudança contribui para o aumento da produtividade e traz benefícios ao ambiente, visto que dispensa a queima prévia da palha. Entretanto, também gera efeitos negativos, como a redução do nível de emprego no campo. Uma alternativa aos dois modelos é uma tecnologia que vem sendo desenvolvida por pesquisadores da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp, com a colaboração de outras instituições. Batizada de Unidade Móvel de Auxílio à Colheita (Unimac), ela substitui apenas parcialmente a mão-de-obra humana, conferindo maior segurança e conforto aos trabalhadores remanescentes. Como se não bastasse, o equipamento ainda promete ser mais leve e barato que as colhedoras convencionais, além de operar em terrenos onde estas últimas não conseguem atuar. A Unimac já teve o seu pedido de registro de patente depositado pela Universidade.

Protótipo começou a ser construído há quatro anos


As pesquisas realizadas pela equipe da Feagri são coordenadas pelo professor Oscar Antonio Braunbeck e integram um projeto temático financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Desde 1992, o grupo vem se dedicando ao desenvolvimento de equipamentos que auxiliem na colheita de culturas como frutas, hortaliças e cana-de-açúcar. Em dezembro de 2006, por exemplo, os pesquisadores apresentaram o protótipo de uma colhedora para tomates de mesa, seguindo o conceito que associa otimização do trabalho com preservação de mão-de-obra e garantia de segurança e conforto aos trabalhadores. No caso da Unimac destinada à colheita da cana, o protótipo começou a ser construído em 2003. Atualmente, está em fase de finalização.

O coordenador das pesquisas, professor Oscar Antonio Braunbeck, da Feagri: equipamento deve ser testado ainda este anoDe acordo com o professor Oscar, a maioria dos componentes da colhedora já foi projetada e construída. "Estamos dependendo apenas da liberação de alguns recursos para que possamos concluir o equipamento. Nossa expectativa é que ele possa estar pronto para operar em caráter experimental ainda este ano", prevê. O professor da Feagri considera que a Unimac deverá promover mudanças no padrão de mecanização da colheita da cana-de-açúcar. Ele explica que as máquinas atuais são caras e de grande porte. Ademais, não conseguem operar em terrenos que apresentem mais do que 12% de declividade. Por fim, têm dificuldade de colher as canas que não estão em pé. A proposta dos pesquisadores da Feagri é que a Unimac seja mais compacta e barata. As projeções indicam que o equipamento, que pesará aproximadamente quatro toneladas, deverá chegar ao mercado a um preço próximo de R$ 250 mil. As colhedoras atuais custam cerca de R$ 850 mil e pesam de três a quatro vezes mais. Outra vantagem que a nova tecnologia deverá apresentar em relação aos modelos convencionais é que ela poderá operar em terrenos com declividade acentuada, visto que será dotada de tração e direção nas quatro rodas. Como a operação contará com o apoio de dez trabalhadores ? um conduzindo a colhedora e outros nove atuando nas etapas de ordenamento, alimentação e recolhimento das canas não-capturadas, a tendência é que haja redução do desperdício, que atualmente está entre 5% e 10%, variando conforme a lavoura. Mais um aspecto positivo da Unimac é que a colhedora foi projetada de modo a garantir aos trabalhadores maior conforto e segurança durante o cumprimento das tarefas. Os componentes seguem, por exemplo, princípios ergonômicos. "Com a Unimac, os funcionárias das fazendas ou usinas não terão mais que trabalhar em posições desconfortáveis e inadequadas ou realizar movimentos repetitivos de forma exaustiva", afirma o professor Oscar. Ele aponta mais uma vantagem da tecnologia desenvolvida pela sua equipe. O equipamento será acionado à eletricidade em substituição aos acionamentos hidráulicos.

Detalhe do despalhador: níveis de mecanização são baixos no país

Pelos cálculos feitos pelos pesquisadores, a Unimac terá capacidade para coletar até 200 toneladas de cana por dia, considerando um período de dez horas de trabalho. "Nada impede, entretanto, que o equipamento opere durante 24 horas, por meio de turnos", explica o docente da Feagri. Para se ter uma idéia do que essa produtividade representa, basta compará-la com o desempenho de um cortador de cana. Atualmente, os mais produtivos conseguem cortar, em média, dez toneladas por dia. "Pelas nossas estimativas, o custo da colheita com o uso da Unimac será de R$ 4,00 por tonelada, o que o torna altamente competitivo", analisa o professor Oscar. O preço comercial projetado para a tecnologia desenvolvida pelos pesquisadores da Unicamp possivelmente não será acessível a boa parte dos pequenos e médios produtores, como reconhece o coordenador dos estudos. Ele considera, porém, que a colhedora poderá ser adquirida por cooperativas agrícolas ou mesmo por empresas prestadoras de serviços, que seriam contratadas por esses agricultores para realizar a colheita da cana. "Sem essa opção, eles dificilmente terão condições financeiras de cumprir a legislação e mecanizar a colheita", pondera o docente da Feagri. O processo de adaptação da Unimac está sendo conduzido pela Agricef - Soluções Tecnológicas para a Agricultura, empreendimento abrigado na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp).
O acondicionamento das embalagens de figo roxo em filme plástico e a injeção de determinados gases prolongam a vida útil da fruta para sete dias, sem afetar a qualidade do produto. É o que demonstra a dissertação de mestrado da engenheira Franciane Colares Souza, apresentada na Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp. A pesquisa foi orientada pelo professor Antonio Carlos de Oliveira Ferraz. Trata-se de uma técnica relativamente simples, que consegue aumentar a validade do figo roxo, além de otimizar os processos decorrentes do transporte do produto nos procedimentos adotados na sua exportação.

Pesquisadora usou filme plástico e injeção de gases


Franciane explica que os produtores da região de Campinas e Valinhos são responsáveis por 90% da produção nacional de figos de mesa, ocupando um bom espaço no mercado europeu. A fruta, no entanto, possui uma vida curta - de um a três dias. Por isso, deve ser comercializada rapidamente. Para a exportação, inclusive, os figos são colhidos em estágio meio maduro, mais próximo do rami - cuja coloração é 50% arroxeada -, para que, ao chegar em seu destino, não esteja em condições inaceitáveis de consumo. Esse procedimento difere do adotado no mercado interno, quando a fruta é colhida já madura, pronta para o consumo. "Na ausência de tecnologia, os produtores encontraram um mecanismo para não perder espaço no mercado internacional", explica o professor Ferraz. No percurso para o mercado europeu, a fruta sofre diversas oscilações de temperatura - são vários ciclos, desde a colheita, passando pelo transporte em caminhões até o tempo para o embarque em aeroportos. Esses procedimentos, explica a pesquisadora, podem ocasionar danos ao fruto, levando-o a perder as suas características, afetando inclusive o sabor e a aparência. Neste sentido, Franciane simulou, em laboratório, quatro variações de temperatura, semelhantes às registradas no transporte do produto, para solucionar o problema. Os testes resultaram em uma perda de massa do fruto menor que 2% ao final de sete dias de conservação da fruta envolvida em filme plástico, mas sem adição de gases. Em outra situação, em que o figo não foi envolvido em filme e nem foram feitas simulações de oscilações na temperatura, a perda de massa foi de 8%. Observou-se também o desenvolvimento de fungos, o que não ocorreu nos frutos acondicionados em filmes plásticos. Em todos os testes, o figo foi colhido no estágio maduro, sem necessidade da colheita prematura da fruta. Franciane esclarece, no entanto, que a técnica deve ser utilizada adequadamente. "Não é qualquer filme plástico que pode ser utilizado. É preciso saber o grau de especificação para melhor recomendação", explica. Já o processo de modificação da atmosfera ainda tem um custo considerado alto. Por isso, a técnica poderia ser aplicada nos transportes de longa distância.

A reciclagem é vista hoje como forma de preservação dos recursos naturais e do meio ambiente, evitando o acúmulo de materiais não-biodegradáveis e nocivos em áreas impróprias. Ademais, contribui para a geração de renda e para o prolongamento da vida útil dos aterros sanitários. Poucos sabem, entretanto, que na reciclagem sobram ainda resíduos prejudiciais que, se não tratados apropriadamente, chegam ao meio ambiente por meio de efluentes, assim denominados os esgotos industriais resultantes desses processos. Por isso, esses efluentes precisam ser devidamente tratados para que, quando lançados nos coletores públicos ou nos corpos de água, estejam de acordo com as normas estabelecidas. Mas isto raramente ocorre. No caso de reciclagem de plásticos, o problema é agravado pela escassez de literatura sobre métodos e processos mais adequados para o tratamento dos efluentes que possam vir em auxílio das empresas e até servir de orientação para os órgãos fiscalizadores.

Brasil é o 3º maior reciclador do mundo


reciclagem_plastico Esta constatação levou Josânia Abreu Gondim a desenvolver projeto de pesquisa em gerenciamento, tratamento e aproveitamento de águas e resíduos, na Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp, sob orientação do professor Denis Miguel Roston. O trabalho deu origem à dissertação de mestrado sobre tratamento de efluentes de indústria de reciclagem mecânica de plásticos, utilizando processo anaeróbico e leitos cultivados. A bióloga Josânia Abreu Gondim: melhora dos índices de poluentes variou de 47% a 100% (Foto: Antoninho Perri)
Josânia entende que o trabalho se justifica pela escassez de pesquisas referentes à caracterização do afluente gerado na lavagem de plásticos, empregada no processo de reciclagem mecânica, e também, pela carência de informações e conhecimentos de seus sistemas de tratamento, disposição dos resíduos gerados e recirculação do efluente tratado, de forma a permitir o seu reaproveitamento no processo. A pesquisadora ressalta que, embora seja crescente no mundo a utilização de embalagens plásticas - o Brasil ocupa o oitavo lugar na sua produção -, os plásticos constituem os resíduos sólidos urbanos menos reciclados no mundo. O Brasil já é o terceiro maior reciclador mundial, com o aproveitamento de 16,5%, principalmente no Sudeste, Sul e Nordeste. O trabalho desenvolvido pela pesquisadora, em escala real, foi realizado em indústria de reciclagem localizada na cidade de Sumaré, na região de Campinas. Ela entende que os resultados alcançados, por serem pioneiros, precisam chegar às indústrias para que possam ser implementados por empresas do ramo, que são cerca de 800 no país. Em uma das páginas da tese de Josânia, se lê: "A vida que a gente quer depende do que a gente faz". A citação traduz muito o percurso da autora: bióloga, com especialização em microbiologia, ex-funcionária de empresas de produtos naturais, a pesquisadora atuou em ONGs. Estas vivências a levaram à pós-graduação, por meio de projeto sobre o tratamento de efluentes apresentado a professores da Feagri e a uma empresa de reciclagem mecânica de plásticos com a qual já tinha contato, o que lhe possibilitou um trabalho em escala real. Depois de quatro anos de pesquisas, dois deles com bolsa da Capes, e cerca de R$ 32 mil reais investidos pela empresa na remodelação e ampliação do seu sistema de tratamento de efluentes, os resultados mostraram-se altamente compensadores. Josânia ressalta que "o sistema de tratamento tem que ser eficiente, apresentar reduzido custo de implantação e operação, deve apresentar fácil operacionalidade e coadunar-se com a realidade da empresa". Em 30 dos 31 parâmetros analisados, a melhora dos índices de poluentes variou de 47% (nitrato) a 100% (sólidos sedimentados). A pesquisa ainda disponibiliza às empresas do ramo o conhecimento das metodologias, aplicáveis às suas realidades, e abre caminho para o desenvolvimento de novos estudos acadêmicos. O estudo constata ainda que a melhora nos índices variam de 47% (a menor delas), a mais de 90%, variação atingida em cerca de metade dos parâmetros observados. O pH foi o único parâmetro que atendeu parcialmente à legislação, por razões plenamente explicadas pela autora, mas facilmente corrigível. Embora a indústria já fizesse tratamento do efluente, as análises preliminares mostraram resultados completamente fora das exigências legais. Ao final do processo, o efluente encontrava-se em condições de descarte tanto na rede pública coletora de esgotos como nos corpos d\'água. Embora demande futuros estudos, o lodo resultante parece adequado ao uso como fertilizante, pois apresenta índices baixos de metais pesados, possui altas quantidades de nitrogênio e fósforo e é rico em material orgânico. Ela destaca ainda que o trabalho mostrou possibilidade de recirculação da água empregada na lavagem dos plásticos, o que levaria a uma significativa economia de custos e preservação das fontes naturais. Josânia considera que o sistema foi apropriado à realidade da empresa, já que mostrou ganhos sociais, ambientais e econômicos, além de possibilitar o aproveitamento de resíduos plásticos presentes no efluente e a recirculação do componente tratado. "Houve também redução de impactos ambientais e do custo do transporte dos resíduos sólidos para aterro, além de condições higiênico-sanitárias e operacionais mais apropriadas, entre outros".

O consumo de tomate no Brasil é estimado em cerca de seis quilos por pessoa/ano. Quantidade pequena, se comparada a países como a Itália, onde este número supera os 30 kg per capita/ano, ou a Tunísia: 50 kg por pessoa/ano. A diferença pode ser explicada por fatores como o menor poder aquisitivo dos brasileiros e o elevado custo do produto. Mas uma pesquisa realizada pela Feagri/Unicamp (Faculdade de Engenharia Agrícola da Universidade Estadual de Campinas) com os consumidores de tomates da região mostrou que mais de 95% dos entrevistados estavam insatisfeitos com a qualidade do tomate. "Observamos também que havia entre os consumidores um grande desconhecimento em relação às variedades. Esta perda de contato com os produtos é natural nos meios urbanos. Os mercados vendem tudo embalado, e o consumidor não precisa mais escolher", diz Marcos David Ferreira, pesquisador colaborador da Feagri/ Unicamp. "Quando você compra uma camisa, sabe qual marca é boa. No supermercado, não tem como saber, porque os produtores não são identificados." Para Paulo César Tavares de Melo, professor da Esalq-USP, o consumidor hoje não tem opção. "O setor hortifruti passou a ser a grande vitrine dos mercados. A feira saiu da rua e foi para dentro do mercado. Você não tem escolha: ou compra na bandejinha, que fica num setor segregado, de preço bem mais alto, ou vai na gôndola e só encontra um tipo de tomate." Melo refere-se à "commoditização" do tomate, ou seja, à inclusão de diferentes variedades dentro de um mesmo segmento, sem levar em conta as particularidades de cada uma. "Se houvesse um respeito maior com o consumidor, as empresas produtoras de semente levariam em conta o que o consumidor quer: o sabor. O tomate é uma das hortaliças que têm atualmente o maior número de reclamações dos consumidores." * (JF)*
O professor Denis Miguel Roston foi nomeado diretor da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) em cerimônia realizada nesta sexta-feira, no anfiteatro da faculdade. Ele administra a unidade no quadriênio 2007-2011 ao lado do diretor-associado Antonio Ludovico Beraldo. Em seu discurso de posse, Roston disse que pretende envolver toda a comunidade da Feagri em sua administração. Entre os desafios admitidos pelo novo diretor está o de fazer com que a Feagri continue sendo uma das melhores faculdades de engenharia agrícola do País.
Roston enfatizou a importância da (Feagri) para momento especial do País na área de agronegócios e disse reconhecer que a unidade deve estar sempre preparada para servir o Brasil. O diretor atentou para a necessidade de estreitar laços com os parceiros vizinhos, entre eles institutos de pesquisa, e estabelecer uma atuação efetiva com o setor produtivo.
Depois de assinar o termo de posse, o coordenador-geral da Unicamp, Fernando Ferreira Costa, agradeceu a participação do ex-diretor Roberto Testezlaf e seu assessor, Paulo Graziano Magalhães, nos órgãos colegiados da Universidade. Na oportunidade, parabenizou-os pelo desenvolvimento da Feagri nos últimos quatro anos. Ao desejar sucesso aos novos administradores, o coordenador-geral ressaltou a importância do futuro da Feagri para o País e afirmou ter certeza de que essa proposta será cumprida por Beraldo e Roston.
Sexta, 06 Julho 2007 12:00

II Encontro da Rede de Estudos Rurais

Com o objetivo de aprofundar o debate sobre temas relacionados ao mundo rural brasileiro, um grupo de universidades federais e estaduais promove, ao lado da Embrapa, entre 11 e 14 de setembro, o II Encontro da Rede de Estudos Rurais


Terça, 26 Junho 2007 12:00

Viagem Acadêmica

Alunos da Feagri (FA039 - Tecnologia da Madeira) realizam viagem acadêmica na região de Araraquara.

    Visitas:
  • Ripasa (aplicação de defensivos, irrigação, operações de preparo de solo, plantio)
  • Aroeira (preservação de madeira em autoclave)
  • Alambique Beija-Flor (fabricação de bebidas)
  • Apicultura Furlan (manejo e processamento de mel).

 
 
 
 
 
A Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) encerrou sexta-feira (15) a III Jornada de Estudos em Assentamentos Rurais, iniciada na quarta-feira (13). Na parte da manhã foi realizada uma conferência, no auditório da Feagri, sobre ?Impactos da globalização na agricultura campesina latino-americana?, proferida pelo especialista em alimentação e ex-ministro da Agricultura chileno, Jacques Chonchol, da Universidad Arcis (Chile). Para a coordenadora do evento, professora Sonia Maria Bergamasco, a conferência foi muito importante porque tratou de questões que permeiam a história da situação dos agricultores familiares na América Latina. A III Jornada de Estudos em Assentamentos Rurais" é organizada pela Feagri e pelo Centre de Recherches sur le Brésil Contemporain da Ècole de Hautes Études en Sciences Sociales (CRBC/EHESS),
Segunda, 11 Junho 2007 12:00

O desafio da interdisciplinaridade

O Instituto de Biologia (IB) completa 40 anos em 2007.
De 1980 até 1994, o IB não discutiu mais a estrutura departamental. Mas em 1994, tendo o professor Arício Xavier Linhares como diretor, e depois em 1998, com a professora Maria Luiza Silveira Mello, e em 2002, com o professor Mohamed Habib, foram nomeadas comissões para novamente discutir o tema. Entretanto, nos três casos não houve uma finalização do processo. De 1994 até agora muita coisa mudou, desde a forma de se fazer ciência e o conhecimento em si, até o quadro docente e funcional do IB, como conseqüência das limitações de ordem financeira das universidades paulistas, com redução significativa na contratação para reposição de vagas. O IB chegou a ter cerca de 170 docentes e, atualmente, conta com 121, com extremos que vão de 6 a 16 por departamento.
A atual diretoria do IB entende que, se isto se repete há tanto tempo, deve ser um desejo na unidade que a reestruturação ocorra. Além da óbvia razão de ser mais fácil administrar estruturas mais enxutas, existem outras importantes vantagens. Uma delas é a reposição de docentes pela universidade. Nos próximos 10 anos, o IB terá cerca de 60% de seu quadro docente em condições de se aposentar. Alguns departamentos ficariam restritos a dois ou três docentes. Certamente teremos contratações, mas não acreditamos que será no ritmo desejado.

Feagri substitui departamentos por conselhos integrados

A Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) foi a primeira unidade da Unicamp a fazer uso das prerrogativas previstas na decisão aprovada em 2002 pelo Conselho Universitário, que autorizava mudanças organizacionais de acordo com as necessidades de cada faculdade e instituto. No dia 3 de agosto de 2004, com o aval do Consu, a Feagri substituiu seus cinco departamentos por três conselhos integrados.
O diretor da Faculdade, professor Roberto Testezlaf, foi testemunha privilegiada do processo ? ele havia assumido seu cargo atual em julho de 2003. Hoje, passados quase quatro anos e em vias de deixar o posto, o docente faz um balanço positivo da reestruturação executada na unidade.

Please publish modules in offcanvas position.