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Será que Tenho Perfil para o Mestrado ou Doutorado?

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Neste artigo, analisaremos a finalidade dos diferentes tipos de pós-graduação, com o objetivo de auxiliar uma decisão com relação a tomar este passo na formação. No entanto, antes de adentrarmos na análise das características essenciais para o ingresso na pós-graduação e a sua conclusão bem sucedida, vamos definir a pós-graduação, no âmbito acadêmico. Pós-graduação é toda atividade de qualificação realizada posteriormente ao curso de graduação, e que possua como pré-requisito um curso de nível universitário concluído. Desta forma e na grande maioria das vezes, basta realizar uma graduação para ingressar na pós-graduação.

Isto é verdade, ao menos do ponto de vista burocrático. Mas será que uma pós-graduação irá ajudar a alavancar a carreira? Isso depende muito dos seus objetivos profissionais e de se alinhar o curso de pós-graduação com esses objetivos. Uma especialização, aperfeiçoamento ou atualização têm o potencial de desenvolver a carreira dentro da área na qual se inserem. São chamadas, a rigor, como pós-graduações “lato sensu” e têm foco na complementação da formação profissional, mas não conferem nenhum título acadêmico. Elas são importantes quando a formação universitária original é insuficiente para o exercício de uma determinada função, como por exemplo um engenheiro que atua na área comercial (vendedor técnico), ou um médico que atua na área administrativa (administrador hospitalar). Embora os melhores cursos de engenharia possam ter alguma disciplina de marketing e os cursos de medicina possam ter disciplinas de administração, estas disciplinas confere ao graduando apenas uma noção básica dessas áreas de atuação. Um curso de pós-graduação “lato sensu” tem como objetivo especializar ou aperfeiçoar estas competências nos profissionais.

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As diferenças básicas entre especialização, aperfeiçoamento e atualização é que enquanto a especialização e o aperfeiçoamento são focados no aprofundamento do profissional em um tópico que foi visto de maneira introdutória (ou que mesmo não foi estudado), a atualização visa rever um conteúdo já estudado em profundidade durante a formação do profissional, relembrando conceitos e trazendo novidades. A especialização exige a entrega de um trabalho de conclusão de curso, enquanto o aperfeiçoamento e a atualização só exigem a presença nas aulas. Dentre as modalidades no “lato sensu”, a especialização é a que mais exige dos alunos e consequentemente a que é mais valorizada por dar mais ferramentas ao desenvolvimento das competências.

Mas e o mestrado e doutorado? Tais modalidades de pós-graduação são denominadas “strictu sensu” e são voltadas para a pesquisa. Além das disciplinas obrigatórias, exigem um trabalho final para apresentação de resultados e de discussão de um tema sobre algum tipo de experimento em um tema muito específico. O trabalho é chamado de dissertação, no caso do mestrado. No doutorado é chamado de tese. Todo o trabalho é supervisionado por um orientador, que é responsável por uma linha de pesquisa na qual o tema do trabalho experimental integra. O pós-graduando deve demonstrar o domínio do método científico e conhecer como aplicá-lo na resolução de uma problemática científica ligada à área de conhecimento do curso de pós-graduação. Ambos os trabalhos exigem ineditismo, ou seja, a pesquisa de um tema inédito, criando-se o conhecimento no processo. A diferença do mestrado e do doutorado é o grau de profundidade de cada um dos trabalhos. Ambos os trabalhos conferem titulação acadêmica e o pós-graduando é titulado como mestre ou doutor naquela área de concentração do curso. Geralmente é necessário um mestrado antes do ingresso no doutorado, exceto caso o pós-graduando já possua experiência anterior de pesquisa, como por exemplo em uma iniciação científica bem sucedida. A pós-graduação “strictu sensu” forma pesquisadores, e é essencial na formação do cientista. Existem alguns programas de pós-graduação com mestrado profissional, que é voltado para problemáticas e experimentos dentro da área da profissão do candidato e que podem ser desenvolvidos dentro de empresas. Ao fim do trabalho a pesquisa é submetida para uma banca de avaliação composta por pesquisadores especialistas que irá arguir o candidato. O título é conferido caso a banca considere o trabalho suficiente, sendo que o pós-graduando deverá mostrar competência e cultura aprofundada no tema da pesquisa.

Seja qual for a escolha, o candidato à pós-graduação deve ter uma coisa em mente: pós-graduação presume excelência. Eficiência, eficácia e efetividade são imprescindíveis ao trabalho de pós-graduação. A dedicação deve ser integral, tanto aos estudos como aos trabalhos, e a atenção aos detalhes deve ser impecável. No mestrado e no doutorado não há espaço para erros no trabalho final. Falhas metodológicas e conclusões que possam invalidar a tese são inadmissíveis.

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Por Maria Paula Giulianetti de Almeida

(Sugestão de música para acompanhar a leitura: They Might Be Giants – Science is Real)

Quando falo que trabalho com pesquisa para pessoas que não são da área, sempre há um misto de admiração e curiosidade: “-Nossa, mas você faz o quê?” A impressão que eu tenho é que muitas vezes a Ciência está longe da sociedade de forma que, para que a pessoa com quem converso entenda (e não perca o interesse rapidamente) o que eu faço, tenho que explicar muito superficialmente meu dia a dia. E não, não somos todos como Rick Sanchez. Embora, algumas pessoas possam discordar.

O que ninguém pergunta ou faz a menor ideia é de como é o nosso cotidiano. E tão ou mais importante dos que as maravilhosas (ou nem tanto) descobertas é o processo para se chegar nelas. E isso está longe do glamour de laboratórios de CSI (alguns equipamentos mostrados na série não são encontrados em laboratórios de pesquisas reais. Verba para pesquisa, sentimos a sua falta! Mas isso fica para um próximo post) ou da bagunça do “O Professor Aloprado” (um clássico. Com Jerry Lewis, é claro).

Um bom exemplo de nossas necessárias, porém não tão glamourosas atividades é a coleta de materiais para pesquisa. Às vezes no campo, outras em indústrias ou até outros locais. No meu caso e no caso da maioria dos meus colegas de grupo de pesquisa, trabalhamos com lodo. Dito isso, deixo meu enorme agradecimento ao Frango Rosaves/Abatedouro Ideal em Pereiras, pela doação do lodo. Para buscar o lodo, tivemos que viajar cerca de duas horas de Campinas até Pereiras. E coletar o lodo, para então voltarmos à Unicamp e guardá-lo em local refrigerado a fim de diminuir a proliferação dos microrganismos contidos nele e consequentemente, a produção de gases para o utilizarmos em futuros ensaios. O que ninguém pergunta são os passos intermediários do processo.

Nesse meio tempo, temos a espera.

 

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Juliana esperando ansiosamente a hora da coleta do lodo

Temos o cansaço.

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Nicolás e o sono dos justos depois de dirigir num sol de rachar.

Temos o ócio criativo.

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Vítor testando seu mais novo batuque.

Temos até o momento “E agora, José?”.

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E a Ciência é assim. Dias longos e cansativos. Esperas intermináveis, ensaios que dão errado, artigos com 3.967 páginas para ler, prazos iminentes, procrastinação (quem nunca), alegria quando o resultado é próximo ao esperado, remuneração aquém do trabalho, o prazer em trabalhar com os detalhes e suas possíveis variações, se acostumar com o cheiro dos seus reatores, as piadas internas... Eu poderia continuar por dias. Mas uma coisa é certa: quando se tem colegas de trabalho que se transformam em parceiros de trabalho e o mais importante, em amigos tudo fica mais leve. Até os dias longos e cansativos.

 

galera

Aqui é ninja! (BK não nos patrocinou.)

Há um tempo atrás, quando iniciei meu primeiro pós-doutorado tentei, por várias vezes, utilizar ferramentas online de colaboração científica. Na época, recebia regularmente a revista Pesquisa FAPESP (revistapesquisa.fapesp.br) e na edição 195 (maio/2012) li uma matéria muito interessante sobre o papel das redes sociais no trabalho do cientista (Curtir e compartilhar, migre.me/9TMIS). Já estava tentando utilizar ferramentas de colaboração on-line há uns 4 anos, sempre sem sucesso. Eu me cadastrei na época no Stoa (stoa.usp.br), a rede social da universidade de São Paulo, mas nunca consegui utilizar adequadamente a ferramenta, muito embora o Stoa tenha uma infinidade de recursos extremamente úteis.

Assim que iniciei o meu pós-doutorado e comecei a orientar efetivamente, senti muita falta de uma ferramenta de colaboração onde os resultados de meus alunos ficassem disponíveis on-line, para poder trabalhar neles fora de nossas reuniões semanais e discutir os projetos de pesquisa conforme iam sendo realizados.  Tentamos utilizar o google docs para manter as planilhas de resultados sempre on-line, mas algumas funcionalidades não funcionavam bem quando eu precisava utilizar as planilhas em um programa como o Excel ou o Origin. Outras alternativas como dropbox e onedrive se mostraram úteis, mas muito longe do que eu considero ideal. Embora todas estas ferramentas sejam quase que essenciais hoje em dia, eu acho que me faltava a disciplina para utilizá-las corretamente, e também a persistência para fazê-las funcionar de forma que otimizasse meu trabalho.

Dessa forma, assim que eu li a matéria, me animei novamente e abri um perfil no ResearchGate (www.researchgate.net), mas novamente não consegui utilizar a ferramenta. Na realidade, comecei a me perguntar qual era o problema de tantas ferramentas de colaboração não estarem funcionando comigo. Neste momento, produção científica intensa é muito importante para minha carreira, e uma utilização eficiente dessas ferramentas aumentaria minha velocidade na produção científica. Desta forma, tracei um perfil de tudo o que eu poderia esperar de uma ferramenta de colaboração e que me ajudaria nas discussões de meu trabalho:
  • Uma ferramenta eficiente de computação em nuvem, que permita a realização de edição de texto e trabalho matemático nos resultados obtidos;
  • Um fórum de discussão onde estes resultados possam ser acessados e discutidos abertamente;
  • Um repositório de arquivos, para alocação de artigos relevantes a cada pesquisa e também como armazenamento de todos os resultados trabalhados e já discutidos;
  • Um agregador de colaboradores internacionais;
  • Uma "vitrine" das discussões, de maneira que todos os interessados da comunidade científica pudessem visualizar, discutir e criticar as discussões em andamento.

De uma certa maneira, cada ferramenta desempenha um papel, em meu grande erro foi esperar que apenas uma ferramenta pudesse resolver todas essas minhas pretensões. A princípio achei que ter de lidar com várias ferramentas pudesse ser uma desvantagem, mas considerando melhor, esta infinidade de recursos dá flexibilidade na utilização, que é extremamente necessária para atender diversos perfis de pesquisadores, em diferentes momentos de suas carreiras. Ainda sim, identifico alguns problemas que limitam um pouco a utilização adequada dessas ferramentas:

  • Alguns pesquisadores são refratários a utilização dessas ferramentas, o que faz com que tenha que se buscar alternativas diferentes e especiais para se trabalhar com estes cientistas;
  • A falta de disciplina na checagem dos resultados nos aplicativos em nuvem;
  • A grande variedade de ferramentas e aplicativos disponíveis nos dá a falsa impressão que se não utilizarmos todos os recursos, estaremos negligenciando algum aspecto que poderia otimizar ainda mais nosso trabalho, quando na verdade, se escolhermos uma ferramenta inadequada para nossas necessidades corremos o risco de estarmos sendo contraproducentes.

Ainda acho que além dos pontos levantados, os principais "vilões" nesse tipo de comunicação são a falta de disciplina para alimentar sempre esses recursos com informações, e a falta de perseverança que nos faz desistir da empreitada antes que ela dê resultado. Mais uma vez vamos tentar publicar nossos achados cieníficos, agora neste blog, sob a égide da unicamp e da feagri. Talvez com mais apoio institucional, a visibilidade começe aumentar e isso retroalimente o ciclo de disciplina e persistência com um pouco mais de motivação. Desta maneira, apresentamos mais uma tentativa de comunicação, não somente com os alunos e com os outros pesquisadores, mas também esperando ser útil à comunidade geral.


Sobre o Autor

mockaitisProf. Dr. Gustavo Mockaitis

Professor doutor da faculdade de engenharia agrícola da universidade estadual de Campinas (FEAGRI/UNICAMP). Possuí experiência em biodigestão anaeróbia de resíduos domésticos, agrícolas e industriais. É chefe do laboratório de meio ambiente e saneamento (LMAS) e coordenador do grupo interdisciplinar de biotecnologia na agricultura e no meio ambiente (GBM

O que é ciência? - Uma pequena história sobre o conhecimento

Imaginem uma pessoa que viveu o tempo todo somente com uma outra pessoa, em um quarto fechado com uma porta. Ela não sabe nada do que está fora do quarto. Primeiramente, estas pessoas irão se fazer perguntas, sobre o que é essa porta, pois afinal é a única coisa diferente do quarto. Com muito medo, estas pessoas irão investigar o que é essa porta e para que esta porta serve, até que, eventualmente, ele descobre que a porta do quarto leva ao exterior do quarto. Neste processo, suponha ainda que uma dessas pessoas reuna coragem suficiente para sair do quarto, e outra pessoa ainda fique no quarto. A pessoa que saiu, viu um céu estrelado, que até então era um fenômeno completamente desconhecido. Esta pessoa retorna e conta para a outra pessoa que ficou dentro do quarto o que encontrou lá fora. Nesta pequena e absurda história, encerramos conceitos importantíssimos sobre como o ser humano busca o conhecimento.Ciência 3

O que é ciência nessa história? Neste processo, as pessoas adquiriram conhecimento de várias formas. No primeiro momento, só se conhecia o interior do quarto. A curiosidade levou a investigação da porta. A investigação da porta trouxe às pessoas o conceito de porta e, portanto, a sua finalidade, a sua função. Vamos fazer algumas considerações, aplicando esta analogia à humanidade inteira.

Antes de sair do quarto, estas pessoas ignoravam completamente a existência de estrelas. Desta forma, para elas, o conceito de estrela é totalmente desconhecido. Eles nem poderiam se perguntar “O que são estes pontos luminosos no céu?”, pois nem isso faria sentido. Na verdade, nem a palavra céu teria significado algum, uma vez que nunca nem o céu nem as estrelas foram vistos, sequer imaginados. Não obstante, estrelas existem. Este tipo de desconhecimento da realidade é tão profundo, que até o momento do primeiro contato com esses fenômenos, o grau de ignorância das pessoas no quarto não permite nem a imaginação. Desta forma, nessa história, o conhecimento de “céu” e “estrelas” é, até então, muito distante. Vamos chamar este desconhecido de ignorância existencial, que é o conjunto dos fenômenos que de fato existem, mas não são nem detectados e nem imaginados, por ninguém.

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Quando uma pessoa abre a porta e vê o céu e as estrelas, estes conceitos passam a existir para esta pessoa. Ela vai definir estes fenômenos observados com palavras, mas a pessoa ainda não sabe o que é “céu” e o que é “estrela”. Mas agora sabe da existência desses fenômenos, e portanto, tais fenômenos são passíveis de investigação. Vamos chamar este desconhecido de ignorância conceitual, que é o conjunto dos fenômenos que existem e que são detectados ou imaginados, mas não se conhecem nem as suas naturezas intrínsecas, nem as leis da natureza que o regem.

No primeiro momento, a porta podia ser vista, embora não se soubesse o que era, nem para que servia (ignorância conceitual). A investigação da porta levou, a priori, às pessoas o conhecimento da finalidade e do conceito de porta, portando consolidando este conhecimento. Este processo foi totalmente intencional e dependente da curiosidade naquele fenômeno específico: se desejava saber o que era a porta. Chamemos este processo de ciência investigativa, que transformou a ignorância conceitual em conhecimento estabelecido.

No segundo momento, quando se descobriu que a finalidade da porta era prover acesso ao mundo exterior, este processo conduziu às pessoas a descoberta do céu e das estrelas. Perceba que este processo não foi intencional de maneira nenhuma. Uma vez que se desconhecia a existência do céu e das estrelas, este descobrimento foi puramente acidental. Ou seja, o processo de ciência investigativa causou um acidente, levando a descoberta de outros fenômenos, até então totalmente ignorados. Este processo converteu a ignorância existencial do céu e das estrelas, para a ignorância conceitual desses fenômenos. Assim este acidente gerou ainda mais conhecimento do que se esperava inicialmente. Vamos chamar este acidente de serendiptismo. Como Louis Pasteur uma vez afirmou: “A sorte favorece uma mente bem preparada”.Ciência 2

Ainda considerando o exemplo das suas pessoas presas no quarto, e apenas uma participou do processo de descobrimento do funcionamento da porta e da existência das estrelas e do céu, todo este conhecimento se tornou disponível. Mas não se tornou difundido. A outra pessoa ainda está imersa na ignorância. Naquele primeiro momento, quando ambos não sabiam para que servia a porta e ignoravam totalmente a existência das estrelas e do céu, o conjunto dos fenômenos ignorados (por ambas as ignorâncias existenciais e conceituais) afetava todas as pessoas. Vamos chamar isso de ignorância sistemática, pois afeta a todos os indivíduos. A partir do momento que uma das pessoas avançou no conhecimento, mesmo que sem a participação da outra, este conhecimento pode ser facilmente transmitido pelo concurso da linguagem. Uma vez que algum indivíduo já criou o conhecimento por meio da ciência, a ignorância deixa de ser sistemática e se torna individual: o indivíduo é ignorante de um fenômeno já conhecido. O processo no qual o indivíduo criador ou detentor do conhecimento transmite esse conhecimento para outro indivíduo se chama educação.

A ciência como um mero conjunto de conhecimentos estabelecidos, que é o significado mais comum e difundido da palavra, tem gerado muitas confusões. Nas escolas e universidades, não é ensinada a ciência, pois o que se ensina são conhecimentos consolidados. Sem dúvida que quanto maior o grau de educação, mais profundos serão estes conhecimentos, mas isso não faz com que se deixe a universidade um formando conhecedor de ciência (ao menos não necessariamente). Foi neste sentido que o astrônomo Carl Sagan afirmou que ciência é muito mais uma forma de pensar do que um corpo de conhecimentos. O conhecimento é o grande conjunto dessas leis. O que aprendemos é meramente um corpo de conhecimentos. Para discernir criticamente, precisamos conhecer a ciência como método, e não somente seus fatos consolidados. Outra coisa que se deve salientar é a importância da educação como um processo de transmissão de todo esse conhecimento, de forma a combater a ignorância individual.

Desta maneira e de uma forma bem geral, a ciência é o conjunto de processos que leva ao descobrimento das leis que regem a natureza. Acima de tudo, o que alimenta a ciência é a nossa curiosidade. É nosso instinto de desbravar o desconhecido. Somos compelidos a combater a ignorância. Porque, talvez instintivamente, sabemos que tornando o desconhecido cada fez mais conhecido, cada vez mais sentimos menos razões para termos medo, uma vez que tememos tudo o que desconhecemos.


Sobre o Autor

mockaitisProf. Dr. Gustavo Mockaitis

Professor doutor da faculdade de engenharia agrícola da universidade estadual de Campinas (FEAGRI/UNICAMP). Possuí experiência em biodigestão anaeróbia de resíduos domésticos, agrícolas e industriais. É chefe do laboratório de meio ambiente e saneamento (LMAS) e coordenador do grupo interdisciplinar de biotecnologia na agricultura e no meio ambiente (GBMA). É editor do blog do GBMA.